Encontrei o corpo do meu filho, com a caneta na mão e o caderno aberto nessa página. Não sabia que ele fazia versos, poesia. (Verso) Escrevo sobre meu tempo no traçar da mão Fruto de algum momento, linha sem contradição Sonho incluído, pessimismo excluído Sei o que não é preciso na busca do meu sentido Coloco o mundo em ordem no meu pensamento Vou, vivendo e morrendo me recriando a cada momento Igual a rima que eu erro na folha que eu amasso Parte de mim que vou matando a cada pedaço Mais, recomeço e a mesma eu refaço Dando vida ao meu ser de volta ao compasso Barulho no fone de ouvido e silêncio na rua Completamente envolvido e já são mais de duas Na ambição de alcançar os sonhos que eu persigo Não podem ultrapassar os valores que eu sigo Não podem se contradizer com o que eu digo Vão ver eu vencer junto com meus amigos (Refrão) Essas linhas me ensinaram a viver Na rua pensando em você Hoje é dia de escrever... (Ei) Não vai esquecer, sei a razão do ser... (Verso) Pago barato em meus cadernos faço rimas sem preço Simples e de coração assim eu ti ofereço A cada folha branca um recomeço Não questão de dinheiro é questão de bom senso Eu trago a vida oferecida em forma de rima Desconfiança do mano que vende na esquina Minha vida é música alta, dinheiro em falta Mais sempre andei no meio de quem assalta Na pauta o controle na palma da mão Tá trás paz pra alma e o coração Rapaz capaz de sair da ilusão Ah! Faz mais pra vencer na missão O tempo corre e a gente anda aqui Cresci e o que eu vi me fez MC Enquanto o vidro ainda cortar a minha pele Enquanto o vento ainda tocar minha pele Enquanto a música arrepia minha pele Portanto, cada vez mais AXL (Refrão) (Citação) É... Você anota ai no caderninho que é pra depois não esquecer, né? Tá certo...