Fui visitar meu sertão que nasci e fui criado Achei tudo diferente daqueles anos passado Hoje choro e lamento, botei a culpa no tempo Por ter sido encarregado Chegando em casa encontrei uma civilização Em uma mesa bonita tinha uma televisão De tanta saudade choro No lugar do oratório que mãe fazia oração Não achei o lampeão que pai a noite acendia A lata de querosene enferrujada e vazia É de cortar coração desprezar um lampeão Por causa da energia O pote de água fria trocaram por geladeira Não tem aquele gostinho da aguinha da biqueira Água é trazida de carro Sumiu o pote de barro feito por mão da loceira Não achei mais a chaleira que mãe fazia o café E nem o chifre do boi que pai botava o rapé Hoje tudo está mudado O jovem civilizado, se ver não sabe o que é E não se vê mais o trupé dos burro nos tabuleiro Nem o chiado do reio pra os burros andar ligeiro Essa é a pura verdade Hoje só resta saudade no coração do vaqueiro Essa é a pura verdade Hoje só resta saudade no coração do vaqueiro Alô, vaqueiros de todo o Brasil Receba o abraço de Zezinho Aboiador E da Banda Sela Rasgada É o nosso tchê-tchê-tchê, vaqueiro