Na volta daquela estrada, em frente aquela encruzilhada Todo ano a gente via, lá no meio do terreiro A imagem do padroeiro, São João da Freguesia De um lado tinha a fogueira, e em redor, a noite inteira Tinha caboclo violeiro, e uma tal de Terezinha Cabocla bem bonitinha, sambava nesse terreiro Era noite de São João, tava tudo no serão Tava Ramão, o cantador, quando foi de madrugada Saiu com Tereza pra estrada, talvez, confessar seu amor Chico Mulato era o festeiro, caboclo bão, violeiro Sentiu frio seu coração, rancou da cinta o punhá E foram os dois se encontrar, era o rival, seu irmão Hoje na volta da estrada, em frente aquela encruzilhada Ficou tão triste o sertão, por causa da Terezinha Essa tal de caboclinha, nunca mais teve São João Tapera de beira de estrada Que vive assim descoberta Por dentro não tem mais nada Por isso ficou deserta Morava Chico Mulato O maior dos cantador Mas quando Chico foi embora Na vila ninguém mais sambou Morava Chico Mulato O maior dos cantador ♪ A causa dessa tristeza Sabida em todo lugar Foi a cabocla Tereza Com outro ela foi morar E o Chico, acabrunhado Largou então de cantar Vivia triste e calado Querendo só se matar E o Chico, acabrunhado Largou então de cantar ♪ Emagrecendo o coitado Foi indo inté se acabar Chorando tanta saudade De quem não quis mais voltar E todo mundo chorava A morte do cantador Não tem batuque, nem samba Sertão inteiro chorou E todo mundo chorava A morte do cantador Brigado