Posso fingir, Posso fugir, Posso voltar até o início. Posso insistir ou desistir, Contando os passos pro precipício. Às vezes, o que é lindo aos olhos Pode ser podre ao coração. Sentado no canto da sala, Bebendo em goles a solidão. ♪ Hoje eu passei por tanta gente, Mas mesmo assim estou deserto, Vagando em torno de mim mesmo, Entre o irreal e o concreto. Eu vejo um vulto em outro quarto Que poderia ser o meu, Preso em arames tão farpados Que o próprio tempo me envolveu.