A franja da encosta cor de laranja, capim rosa chá O mel desses olhos luz, mel de cor ímpar O ouro ainda não bem verde da serra, a prata do trem A Lua e a estrela, anel de turquesa Os átomos todos dançam, madruga, reluz neblina Crianças cor de romã entram no vagão O oliva da nuvem chumbo ficando, pra trás da manhã E a seda azul do papel que envolve a maçã As casas tão verde e rosa que vão passando ao nos ver passar Os dois lados da janela E aquela num tom de azul quase inexistente, azul que não há Azul que é pura memória de algum lugar Teu cabelo preto, explícito objeto, castanhos lábios Ou pra ser exato, lábios cor de açaí E aqui, trem das cores, sábios projetos: Tocar na central E o céu de um azul, celeste celestial!