Triste, sozinha, desprezada A vi de madrugada sair de um cabaré Fraca, mostrando que a sorte Destruiu todo seu porte, sem lhe dar vez Magra, vestida sem aprumo A exibir sem rumo sua nudez Parecia um quadro sem valor Mostrando sem pudor seu corpo sem calor Eu que a tudo sempre resisti Ao vê-la assim, fugi pra não chorar E pensar que há alguns anos foi minha loucura Que levou-me até a traição, sua formosura Isso que hoje é um cascalho, foi a doce criatura Que me fez sofrer de amor E perdi ouro e nobreza Envolvido em tal beleza, me fiz mau e pecador E fiquei sem um amigo, que vivi só e sem fé Que me teve de joelhos, sem moral Feito mendigo quando se foi Nunca sonhei que a veria Perdida, abandonada como hoje a encontrei Veja se não é pra suicidar-se Que por esse trapo inútil, seja o que sou Fera, vingança cruel do tempo Que nos faz ver desfeito o que se amou Este encontro me fez tanto mal Que só por me lembrar, me sinto envenenar Esta noite eu me embriago sim Eu bebo até o fim pra não pensar ♪ Nunca sonhei que a veria Perdida, abandonada como hoje a encontrei Veja se não é pra suicidar-se Que por esse trapo inútil, seja o que sou Fera, vingança cruel do tempo Que nos faz ver desfeito o que se amou Este encontro me fez tanto mal Que só por me lembrar, me sinto envenenar Esta noite eu me embriago sim Eu bebo até o fim pra não pensar