Foi Mariazinha Nazaré Cabeça feita em candomblé Musa do samba e dos sambistas de lá Quem na sua vida, sem querer Pois mais um homem pra sofrer E o personagem dessa história que está Tinha um jeito tal de se mostrar Um certo dengo em seu andar Um alvoroço para o meu coração Mas diziam todos pra mim Naquele velho botequim Não gaste versos nem canção Beba uma cachaça se puder Deixa de lado essa mulher Que os seus amores vão e vem Mas o que fazer, pobre de mim Poeta eu sou e serei assim E morrerei sempre a sonhar Que a qualquer hora ela virá Por ordem do seu orixá Com sua graça e o seu axé Pois filha de santo que ela é Depois de mim, ninguém terá Mariazinha Nazaré