Eu longe da minha terra Distante do povo meu Pra lá eu não volto mais Minha esperança morreu A vida está me ralando Tirando o que não me deu Minha sorte foi madrasta O mundo só me bateu E quando chega o Natal Dia em que Jesus nasceu Lá em casa todos reúnem Só fica faltando eu Não posso mandar dizer O que me aconteceu aí aí Estou vendo aquela casa Papai e mamãe é quem mora Vejo o meu amor primeiro Na certa outro namora E mamãe ajoelhada Aos pés de Nossa Senhora Rezando e pedindo sorte Pro filho que mais adora Meu coração está roxo Está parecendo amora Não é falta de suspiro Eu suspiro toda hora Mãezinha quanta saudade Eu distante da senhora Ai, ai Derrubei matas e matas Fiz lavoura de café Quando a sorte me sorriu Na vida dei marcha ré A malvada da geada Destruiu a minha fé Tornei-me um homem sem rumo Remando contra a maré Vou indo ao rumo do nada Veja a sorte como é Sorrindo eu peço desculpa Pra quem pisar no meu pé Pra quem já vive pisado Seja lá o que Deus quiser Ai, ai