Por eu ter notícia de um bom cantador De uma linda moça do nosso interior Pediu que eu cantasse ao menos por favor Nem que fosse uns versos dos mais inferior Respondi pra ela: Eu não sou professor Tudo quanto eu canto tem pouco valor Mas meus versos serve pra acalmar a dor De um peito que sofre ingratidão de amor Afinal de conta fiz os seus mandado Cantei um versinho muito bem cantado Ela agradeceu com muitos agrado Eu fiquei contente, fiquei obrigado Cantei um versinho do cabelo ondeado Ela também tinha o cabelo cacheados Deu cinco suspiro e me chamou de um lado Perguntou se eu era solteiro ou casado Menina, menina, você se aperiga Deixe de bobagem, largue mão de intriga Casar com violeiro é pra viver de briga Você se aborrece da própria cantiga Pra larga não pode, porque Deus castiga Pois eu sou violeiro e não faz mal o que eu diga Tome o meu conselho, avise suas amiga Que toque de viola não enche a barriga ♪ Por isso que eu digo que um rapaz solteiro Pra gozar a vida deve ser violeiro Viajar embarcado sem gastar dinheiro Se quer namorada tem até aos milheiro Entra no salão com os olho morteiro O cantar sereno de dois companheiro Na mais bonitinha bate um desespero Da meia-noite em diante tá no cativeiro ♪ Eu falo a verdade, não é intimação Na festa é que eu pego a viola na mão Canto alguma moda é por inclinação Toco na durina responde o bordão Dois peitos serenos dentro de um salão Já vê as morena mudar de feição Porque o meu versinho dói no coração Quem sofre nervosa O que acontece, Zé Carreiro? Morre de paixão