Sereno, serena manhã e já rompe o dia. Retardando os graus, que fazem verões e alegria. A tarde nasce indecisa, imprecisa tanto quanto vai. E abre mão da luz, quando a noite cai mas não completamente. Eis que surge a lua Intrusa que só ela Sequer foi convidada Nem por isso é menos bela, majestosa e livre. Ser único é ser belo, sequer ser convidado. Do lado que é sincero, isso é o que vale no fim Nada vale tanto assim A voz que retumba em muralhas de silêncio e mormaço A saga da vazante intrusa, num deserto de indiferença Antagonia, agonia deixa estar Pra se manter salvo e são, se mire na lua Seja feliz pois nada vale tanto assim Se lembre da lua Nada vale tanto assim