A deusa da minha rua Tem os olhos onde a lua Costuma se embriagar Nos teus olhos, eu suponho Que o sol num doirado sonho Vai claridade buscar A minha rua é sem graça Mas quando por ela passa Seu vulto que me seduz A ruazinha modesta É uma paisagem de festa É uma cascata de luz Na rua, uma poça d'água Espelho da minha mágoa Transporta o céu para o chão Tal qual o chão da minha vida A minh'alma comovida E o meu pobre coração Espelhos da minha mágoa Meus olhos são poças d'água Sonhando com seu olhar Ela é tão rica e eu tão pobre Eu sou plebeu e ela é nobre Não vale a pena sonhar ♪ Ela é tão rica e eu tão pobre Eu sou plebeu e ela é nobre Não vale a pena sonhar