Três da madruga, de joelho no chão
Diz que essa hora diminui a fila de oração
Tirar um tempo e pedir por meus irmãos
Que se encontra trancafiado numa casa de detenção
Aí, Senhor, livre o pensamento do detento
Que ao passar do tempo nem vê a hora de sair
Coloca um fim em tudo que aprisiona a mente
E impede de sorrir
Por favor, quebra as algemas, distancia o fim
Aí, Senhor, mais uma vez estou aqui
E só de tá de pé, ajoelho pra te pedir
Por quem até conheço ou mesmo quem eu nunca vi
Dos manos que descartou a esperança de sorrir
Das minas que na tranca pensa em uma vida construir
Uns de regime fechado, outros na condicional
Talvez, quem sabe, tem saideira no Natal
Desde o menor, de inocente, virou infrator
Vejo que foi pra cela sem saber o que é amor
E dar de cara com os espinhos da flor
Viu na real como funciona e se pergunta do que adiantou
Dos delitos mais intensos, até os de pequeno porte
Senhor, sei que tu sabes um por um, então não olhe
A gravidade do passado
Muitos queriam só voltar atrás, então então olhe
Pros erros porque todos nós somos sujeito a isso
Coração inocente ou culpado é vitalício
Dá vontade de ter, mas correr, nem todos querem a Cristo
Vi de perto uma pá que só se entregou pro vício
Não sei o que se passa na vida de cada um
Mas te peço, vai de encontro no mais profundo da alma
Senhor, misericórdia, perdoa, as feridas sara
Que a mente seja livre mesmo preso numa sala
Que a tua obra seja feita e que a mudança seja clara
E que nenhum pereça no meio dessa fauna
Aí, Senhor, livre o pensamento do detento
Que ao passar do tempo nem vê a hora de sair
Coloca um fim em tudo que aprisiona a mente
E impede de sorrir
Por favor, quebra as algemas, distancia o fim
Aí, Senhor
Abalou de monte a estrutura da família
A ausência do pai que sustentava suas filhas
No desespero, foi de encontro a vida bandida
Fazer aquela fila, era a última, quem garantia que ele voltaria?
Como falar do garoto que andava certinho?
Mas chega as amizade e diz: Guarda isso pra mim
Quando menos se espera, chega o problema, fi'
Os homem perguntando: É fulano que mora aqui?
E a moça que foi visitar o rapaz
Não era pra passar disso, só que o louco quis demais
Infelizmente os passarin' que voava livre
Acabando na mesma história de um final triste
Mas eu te peço, pai, leve esperança
Que todos vejam que somente em ti há mudança
Aí, Senhor, livre o pensamento do detento
Que ao passar do tempo nem vê a hora de sair
Coloca um fim em tudo que aprisiona a mente
E impede de sorrir
Por favor, quebra as algemas, distancia o fim
Aí, Senhor