Quando a chergão eu largo solto no meu baio Já de soslaio me coringa o velho pai Pois ele sabe que só saio neste pingo Pra me perder pelos domingos no Uruguai Sou domingueiro que os bolichos e os amores Nos corredores faz a vida despertar Aonde encontro moça linda e cordeona Procuro sombra pra poder desencilhar (Entro no baile pra dançar a noite inteira Vanerão, xote, rancheira, danço tudo que vier Quando me solto numa noite de fandango Troco a vida por um tango e gasto o chão num chamamé) Nessas estradas que cruzei por muitas vezes Fui conhecendo o coração das querendonas Uns eram doces que nem mel de lechiguana Outros mais duros do que a própria pedra moura Sou um campeiro que no meio do entrevero Não pede ajuda pra chamar alguém de feio E apesar de não gostar de reviria Levo uma adaga na cabeça dos arreios