Dei de rédeas em busca de um baile campeiro À luz do candeeiro queimando o pavio Cheguei como chega sem dar: Ô de casa De primeira várzea, dancei o bugio Dancei toda a noite levando comigo (O resto de baile no meu assovio) Lembrando da moça da flor no cabelo (Pedindo ao gaiteiro o mesmo bugio) Pra cantar com Chiquito e Bordoneio Edson Dutra, dos Serranos Como muita alegria, Os Serranos vêm a Erechim Para junto com grandes artistas da nossa música regionalista Homenagear a Chiquito e Bordoneio De par com a viola a cordeona chorava E eu me perguntava por qual a razão Que a moça morena da flor no cabelo Ficava com os olhos pregados no chão Dancei toda a noite levando comigo (O resto de baile no meu assovio) Lembrando da moça da flor no cabelo (Pedindo ao gaiteiro o mesmo bugio) Vai, Zé! (Aí, compadre) como é que é o bugio? (Passinho?) Vamo marcar o bugio aí, companheiro véio Tem que aprender esse aí Só tá faltando uma prenda, tchê O meu bugio tá meio manco Talvez busque na noite de um baile campeiro A luz que o candeeiro não pôde lhe dar Quem fica cismando perdida num sonho Campeia, por certo, também, o seu par Dancei toda a noite levando comigo (O resto de baile no meu assobio) Lembrando da moça da flor no cabelo (Pedindo ao gaiteiro o mesmo bugio) Cambichos Mais um sucesso serrano chegando aí Vai melhorar com a palminha da mão Lá em cima, hein, moçada? Vamo ver! Quando escramuça no meu peito uma saudade Agarro as garras pra encilhar meu estradeiro E enquanto a tarde já se apaga pelos cerros Minha alma acende suas paixões e seus segredos Depois a noite traz a lua leve e calma Estes banhados erguem vozes e cochichos Eu abro as asas onduladas do meu pala Porque me bate a sede louca dos cambichos Tiranas lindas que me arrastam pra um surungo Num fim de mundo onde geme uma cordeona Onde se embala minha alma de campeiro Pelos luzeiros das miradas querendonas He-he que tá bom, continua na palminha, assim, vai! Bonito, Erechim Chega pra cá, Kiko e dance pegado, companheiro Vamo cantar junto então? Vamo lá Gringas mestiças e morenas cor de aurora Negras e claras se confundem na fumaça Meu coração é um barco errante nessas horas Passando a noite sem saber que a noite passa Mas quando o sol braseia as barras do horizonte Só restam rumos e recuerdos pra seguir Porém, mais vale pra um gaudério esta saudade Do que não ter saudade alguma pra sentir Tiranas lindas que me arrastam pra um surungo Num fim de mundo onde geme uma cordeona Onde se embala minha alma de campeiro Pelos luzeiros das miradas querendonas Pelos luzeiros das miradas querendonas Pelos luzeiros das miradas querendonas É ou não é camponeiro? 'Brigado! Alô, Chiquito!