Quando a alvorada espalha o dia pelos campos Restias de aurora levam luzes pelos ares A natureza, então desperta lentamente E a passarada ensaia um hino em seus cantares Mas a hospedeira, terra mãe da natureza Leva em seu colo a grandeza do universo Um canto triste, um canto alegre e um lamento É o cancioneiro na beleza do seu verso Se a terra abriga tantas vozes e encantos Que o nosso canto seja um grito de defesa Aos inclementes de ganâncias incontidas Que matam vidas, mutilando a natureza Se a terra abriga tantas vozes e encantos Que o nosso canto seja um grito de defesa Aos inclementes de ganâncias incontidas Que matam vidas, mutilando a natureza ♪ O quero-quero com seu grito vigilante Verões que chegam na cantiga das cigarras As caturritas e sabiás nos arvoredos E o seresteiro bordoneando uma guitarra A voz é canto e cada canto é voz de vida Morte incontida na erosão pelas quebradas E enquanto as aves batem asas sem florestas A terra chora nos estalos das queimadas Se a terra abriga tantas vozes e encantos Que o nosso canto seja um grito de defesa Aos inclementes de ganâncias incontidas Que matam vidas, mutilando a natureza Se a terra abriga tantas vozes e encantos Que o nosso canto seja um grito de defesa Aos inclementes de ganâncias incontidas Que matam vidas, mutilando a natureza ♪ Se a terra abriga tantas vozes e encantos Que o nosso canto seja um grito de defesa Aos inclementes de ganâncias incontidas Que matam vidas, mutilando a natureza Se a terra abriga tantas vozes e encantos Que o nosso canto seja um grito de defesa Aos inclementes de ganâncias incontidas Que matam vidas, mutilando a natureza