São vinte dias mês de junho a noite é longa Atiço o fogo e o inverno já chegou Dedilho o pinho, cabresteando uma milonga Eu sou dos tauras que jamais encarangou Preparo a alma pra enfrentar essa invernia Porque a carcaça o tempo já retemperou O coração ressolana de nostalgia Campeia a china que ao largo se extraviou Nessa invernia, que noite bravia A chuva judia a alma da gente O frio não abate o queixo que bate Pedindo um aparte pra um mate bem quente Nessa invernia, que noite bravia A chuva judia a alma da gente O frio não abate o queixo que bate Pedindo um aparte pra um mate bem quente ♪ A inspiração que no meu peito ainda floresce Reponta versos pra os confins da madrugada Sobre a fumaça do braseiro que me aquece Abriga sonhos que colhi pelas estradas Pouco importa o minuano no meu rosto Pois todo ano me deparo com esse qüera Sepulto geadas de junho ao fim de agosto Pra colher flores ao raiar da primavera Nessa invernia, que noite bravia A chuva judia a alma da gente O frio não abate o queixo que bate Pedindo um aparte pra um mate bem quente Nesaa invernia, que noite bravia A chuva judia a alma da gente O frio não abate o queixo que bate Pedindo um aparte pra um mate bem quente