Vivo domando cavalos e potrancas redomonas Marcando zebu a pealo e orelhando uma cordeona Nesses ofícios sagrados de gaiteiro e de peão Eu canto o meu estado com garra e devoção De segunda à sexta-feira sou domador e campeiro E nos finais de semana sou cantador e gaiteiro A mão que segura o mango pra aconselhar aporreado É a mesma que nos fandangos passeia sobre o teclado A mesma voz de campeiro que grita: 'bamo cavalo! É a mesma que nas bailantas faz eco nesta garganta Metendo inveja nos galos ♪ Sou desses que dá risada se vê a morte na frente Pois nessa lida pesada, só tem lugar pra valente Quando um beiçudo se assanha na saída da porteira O meu mango acompanha no tranco de uma vaneira De segunda à sexta-feira sou domador e campeiro E nos finais de semana sou cantador e gaiteiro A mão que segura o mango pra aconselhar aporreado É a mesma que nos fandangos passeia sobre o teclado A mesma voz de campeiro que grita: 'bamo cavalo! É a mesma que nas bailantas faz eco nesta garganta Metendo inveja nos galos ♪ Só enfreno bagual feio que sente a mosca no lombo É só rachando no meio pra o maula me dar um tombo A mão que segura a crina num jeitão rude de taita É a mesma que tem a sina de campear os baixo da gaita De segunda à sexta-feira sou domador e campeiro E nos finais de semana sou cantador e gaiteiro A mão que segura o mango pra aconselhar aporreado É a mesma que nos fandangos passeia sobre o teclado A mesma voz de campeiro que grita: 'bamo cavalo! É a mesma que nas bailantas faz eco nesta garganta Metendo inveja nos galos