Era um domingo de tarde Um sol de se respeitar Peguei meu porongo de luxo E me sentei pra matear Como sempre de costume Às tardes, de madrugadas Sento de frente pra estrada Para meu mato encevar Miro avistar para o longe Mas enxergo bem pertinho Um velho manco baixinho Que vem dos pagos de allá Quer chegar num trote manso Trazendo nas mãos um sovéu Dizendo que andou no céu E veio pra me buscar Mas olhe estirpe de ser louco Que vem sem rumo na estrada Que chega na minha morada E vai fazendo um escarcéu Olhando ao bem no grão do zóio' Dizendo: Não é por nada Mas até de madrugada Temo chegando no céu ♪ Vesti minha melhor bombacha E já tapei o chapéu E fui topando a parada Já que vou pro beleléu Quero ir bem pilchado E chegar batendo história Não vou frouxar o garrão Já que chegou minha hora Mas o baixinho nojento Me gritou tanto risada Pro céu não se leva nada Que tá pensando, seu loco? Vai ter que deixar até os trocos Nada se pode levar E quando no céu tu chegar Nem roupa tu vai usar Mas olhe estirpe de ser louco Que vem sem rumo na estrada Que chega na minha morada E vai fazendo um escarcéu Olhando ao bem no grão dozóio Dizendo: Não é por nada Mas até de madrugada Temo chegando no céu ♪ Mas olhe estirpe de ser louco Que vem sem rumo na estrada Que chega na minha morada E vai fazendo um escarcéu E olhando ao bem no grão dozóio Dizendo: Não é por nada Mas até de madrugada Temo chegando no céu Mas até de madrugada Temo chegando no céu Mas até de madrugada Temo chegando no céu