Quem pensa que em si se basta não conhece o mandamento Não hai tormenta sem vento e nem cambona sem alça Uma guampa sem cachaça, cabelo negro sem flor E nem tropilha machaça sem ter bom amansador Se o potro baba a flechilha, da própria sorte se olvida Como se embaixo um mandinga viesse apertando as virilhas Num transe de vida e morte, o bagual e o domador Tem anjo de guarda e sorte nas mãos do amadrinhador Assim com verso o crioulo bebido em laje de sanga Bem quando a flor da pitanga beija o remanso do arroio Verte a água da parede denunciando um nascedor Pra mim que nasci com sede, me la mostró un payador ♪ E eu sigo a filosofia daquele andejo e errante Que deixou impresso o semblante do canto na geografia Viu a gruta dos assombros e o rastro do boi barroso E nos trouxe sobre os ombros, versos que a bruxa escondia Assim com verso o crioulo bebido em laje de sanga Bem quando a flor da pitanga beija o remanso do arroio Verte a água da parede denunciando um nascedor Pra mim que nasci com sede, me la mostró un payador