Um indivíduo alto magro vestindo um Terno azul (quem vem lá, quem será?) Desceu de um coletivo às quatro e meia de manhã (olha lá, quem será?) Atravessou a rua assoviando uma canção Só uma suspeita silhueta na escuridão Tem um cara na esquina O que ele tem na mão? Tem um cara na esquina Qual será sua intenção? Não foi difícil entrar no edifício mil e três Da Avenida Copacabana, bloco cinco, posto seis O porteiro disse que ouviu o vento soprar E alguma coisa estranha vindo lá do nono andar Tem um cara na escada O que ele tem na mão? Tem um cara na escada Qual será sua intenção? Quem é? Sou eu Quem é? Sou eu, princesa, o Batata Batata, a essa hora É, desculpe, princesa, mas tinha que ser agora Ai, deixa pelo menos eu vestir alguma coisa Oh, você tá linda Sabe o que é, princesa Hoje eu encontrei a pessoa que eu procuro Jura É, se isso te satisfaz, eu juro, juro Já disse que juro Oh! Batata Uma pessoa que eu quisesse comigo vinte e cinco horas por dia Uma pessoa que me entendesse, que eu pudesse confiar Oh, Batatinha eu eu sinto isso também E essa pessoa princesa (diz diz) Essa pessoa (diz) Sou eu! Eu te amo, eu me adoro Eu não consigo te ver sem mim Eu te amo, eu me adoro Eu não consigo te ver sem mim Hei! vamos ver o sol nascer ali na praça Você faz café ou quer que eu faça Ah! já não sei mais se eu quero que você vá ou que você fique Nem sei que eu quero aturar sua egotrip porque Eu te amo, eu me adoro Eu não consigo te ver sem mim Eu te amo, eu me adoro Eu não consigo te ver sem mim Ninguém entendeu quando o dia amanheceu Os dois pelados na Praça da Bandeira Cantando o samba da Mangueira Quando chegaram os camburões Saíram assoviando o hino da República dos Camarões Eu te amo, eu me adoro Eu não consigo te ver sem mim Eu te amo, eu me adoro Eu não consigo te ver sem mim...