Tanta transparência assusta Cê já nem pode me reconhecer Decidiu se cessar e eu seguir Até entendo, há quem prefira Defender velhos valores do que transcender orgulhos Os confusos absurdos, ilegíveis sensações Que reviram no teu peito e que um dia algum sujeito Infesto de preconceito, espalhou que isso não era legal O que fazem as pessoas Serem pisadas por seus próprios pés? E eu prefiro viver sem relógios Ah, eu homem estúpido Nuvens dissipam-se No intervalo a nossa ausência Onde a pausa pra existência É preciso pr'um respiro Antes de outro mergulho Onde a queda faz barulho E te acorda pra você sonhar