Não, eu não aturo mais Sou um trator, um monte de lixo velho Ultra industrial, ultra e total A última e o efeito do gás já não me impede mais Estou e sou a mira, o punho Esgarço, eu sou o traço Que emerge e torna possível sonhar Eu sou o ar Não, eu não engulo mais Meu corpo é o templo sagrado Intocável, eu sou a fé Fera, bela, espiritual E o discurso político já não me atinge mais Sorrio, dentes cortantes e grito o mais alto que posso Eu sou o traço que emerge e torna possível sonhar Eu sou o ar Eu sou...