Um corpo no trono de Brasília Das mãos a morte num sinal Metade burrice, metade milícia Seus filhos vão na cola Nos pés um lamaçal Vai cair de podre O zumbi tropical E segue na frente do cortejo De Farda a farsa federal Na dúvida sempre atira primeiro Seus filhos vão na cola Nos pés um lamaçal Vai cair de podre O zumbi tropical Eu fui num quilombola em Eldorado Paulista. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não servem nada! Eu acho que nem para procriar mais eles servem Fica aí, Maria do Rosário, fica aí. Tu me chamou de estuprador, No Salão Verde, há alguns dias atrás Eu disse que eu não ia te estuprar Porque você não merece. O filho fica assim meio gayzinho, leva umas palmadas Ele muda o comportamento dele. Tá ok? Ainda bem que ele me deu uma palmadas Ele me ensinou a ser homem. Não é questão de gênero Se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater Se eu colocar mulher vou ter que colocar quantos afrodescendentes Seus filhos vão na cola Nos pés um lamaçal Vai cair de podre O zumbi tropical Em terra de cego quem tem olho se acanha Se a verdade é pecado capital Já tão violada por forças estranhas Seu filhos vão na cola Nos pés um lamaçal Vai cair de podre, zumbi tropical Vai cair Vai cair Vai cair Vai cair Vai cair Vai cair Vai cair Vai cair Vai cair Vai cair