De que cor era o meu cinto de missangas, mãe Feito pelas tuas mãos E fios do teu cabelo Cortado na lua cheia Guardado do cacimbo No cesto trançado das coisas da avó Onde está a panela do provérbio, mãe A das três pernas E asa partida Que me deste antes das chuvas grandes No dia do noivado De que cor era a minha voz, mãe Quando anunciava a manhã junto à cascata E descia devagarinho pelos dias Onde está o tempo prometido pra viver, mãe Se tudo se guarda e recolhe no tempo da espera Pra lá do cercado