Tudo que tem aqui foi escrito embaixo d'água Eu trago uma âncora crucificada E os pés que fazem vinho E os pes que fazem vinho Eu tenho as mãos furadas E tudo é tão líquido (eu sempre tô) Tudo é tão líquido (eu sempre tô) Fugindo da cruz (sempre tô) Fugindo da cruz (eu sempre tô) Fugindo da cruz (sempre tô) Fugindo da cruz (eu sempre tô) Olhando pra baixo como um enforcado Eu que tanto tombei nesse chão traumático De arame e sal marinho (eu sempre tô) Crescendo vascular rente aos espinhos fúnebres Abandonei a fantasia ingênua (eu sempre tô) Como se abandona um formigueiro cardíaco No silêncio paranóico De um desastre hei de morrer sem dizer a palavra socorro Fugindo da cruz (sempre tô) Fugindo da cruz (eu sempre tô) Fugindo da cruz (sempre tô) Fugindo da cruz (eu sempre tô)