Amassando o nariz no vidro Semanas sem ver sol Físico de pedra Criando limo sobre a tattoo dos 17 Gênero híbrido e errante Entre anjo e fantasma Pronto pra perder os dentes da frente Que venderei no inferno Ovelha negra por ser lobo Pelas décadas de inverno Ovelha negra por ser lobo Pelas décadas de inverno Ocre, ocre, ocre Estilhaçam os espelhos Que evocam a vampiresca face Eu odeio sangue Suicídio lento, dosagem diária Quase um arrepio em águas calmas Apenas manejo a espada Na pouca luz de um cômodo sujo Escondo-me em cubículos que nem são meus Onde tuas asas arrastam-se como facas oxidadas Pegadas rupestres no trecho que com fogo Virgem liga meu berro no teu grito de raiva Tragam cadeiras de plástico Pro fim do mundo, noite adentro Enfrentando flechas sem temer suas pontas agudas Minhas mãos já gastas Que um dia você comparou a tulipas negras Ocre, ocre, ocre, ocre Tulipas Negras Ocre, ocre, ocre, ocre Amassando o nariz no vidro Semanas sem ver sol Físico de pedra Criando limo sobre a tattoo dos 17 Gênero híbrido e errante Entre anjo e fantasma Pronto pra perder os dentes da frente Que venderei no inferno (Ovelha negra por ser lobo) (Ovelha negra por ser lobo)