Urgente! Venham conhecer Minas Gerais Antes que a Vale destrua tudo Goma Aah, Vale não vale nada e quem vai pagar? (Quem?) Ei, diretor, quem vai pagar? (Quem?) Vale assassina já não é menina Já tem idade pra poder matar Cinquenta barragem de lama barrosa Ninguém barrando, como é que eu não berro? Lama venenosa, dejeto e minério Morre os animal, já mataram os inseto Dinheiro pra família não é nada (uh, uh) Dinheiro pra família não é nada (uh, uh) O que cês fizeram já não tem mais volta Mãe natureza tá bem revoltada Escuta primeiro, não fala primeiro Prende o presidente, depois o engenheiro Fechar a vale pra nois é ruim Cê não entende o mercado brasileiro? Tá de brincadeira? Lama não é poeira Vai se fuder você e o mundo inteiro São vidas, não são números Muitas mortes, poucos túmulos Os índio que morava ali perto Do Rio Paraopeba ficaram cego O rio era visão deles São mais de 150 mortes no bagulho, que porra é essa? Mídia ninja, manda um salve, que que tá acontecendo? (Foda-se a polícia, só respeito os bombeiro) Aah, o presidente criou mais um gabinete, normal Mais um discurso com normas, normal Fim da vida pra muita gente e a moral Dessa história é que quem manda é o capital Desde que o navio parou na praia Colonizador extrator Defecando tudo que engasgou Mais uma barragem rompida Ei, meu senhor, quanto vale uma vida? O dono da vale é o mesmo português Que assinou um trato burguês Que pisou na cabeça do povo acorrentado Que pagou pra passar batido O Estado acorrentado em quem manda Desde o século passado Não prendeu ninguém Porque quem manda paga dobrado O que vale, na real, é quanto tem Essa lama eu sei de onde vem Do chiqueiro dos porcos Esses não tão fardados Escondidos atrás do Estado Essa lama eu sei de onde vem Do chiqueiro dos porcos Esses não tão fardados Escondidos atrás do Estado Essa lama eu sei de onde vem Do chiqueiro dos porcos Esses não tão fardados Escondidos atrás do Estado Essa lama eu sei de onde vem Do chiqueiro dos porcos Esses não tão fardados Escondidos atrás do Estado (Pro, pro, pro)