Manifesto o meu lamento Ogunhê corto o silêncio Vou com as armas de Jorge Ninguém toca em mim Que meu canto é navalha da espada de Ogum Minha voz firma o ponto e não deixa cair Tem Ogum pra guiar e Exu pra abrir Manifesto e o meu corpo É todo ferro, é todo fogo Sou forjado do ferro das armas de Jorge Desse fogo que nasce das mãos de Oyá Tem Ogum pra guiar e Exu pra abrir (laroyê) Ogunhê, eparrei faço a gira queimar Vou queimando e o corpo dança Corpo que arde, ponta de lança Ogunhê é meu pai não me deixa cair Sou forjado no fogo da revolução Boto bloco na rua pra poder seguir Vou riscar o meu ponto e pedir proteção Ogunhê, meu pai guerreiro Chamo Kaô, vem justiceiro Teu oxé meu escudo pro mal que há de vir Teu oxé meu escudo não deixa eu cair Que eu sou feito do ferro do oxê de Xangô Que eu sou feito do ferro da espada de Ogum Manifesto o meu condão DNA de guerra irmãos Minha voz vem de longe de antes de mim Olha eu não ando só alguém zela por mim Ela vem de aruanda, ela vem de orum Quem eu sou feito do ferro, do fogo de Ogum Movimentos, manifestos A flor que nasce do concreto Batuque na rua é questão de existir E o rufar da alfaia não deixa eu cair Batuque na rua é questão de existir E o rufar da alfaia não deixa eu cair