Das veias da terra Transborda o sumo fruto Sagrado Veneno encanto, Horas largas Instrumental A sede do aguardo terreno Constrói pontes Constrói muros também Neste momento não Neste momento água corre para fora da gruta Em busca da fenda, Fresta, frincha Onde a luz é fina E tem lâmina quente Aquilo lá o mundo Aquilo ali o mundo Aqui o mundo também Mãe quase Xaxará Mãe é só depois do berro Do grito, do sangue Mãe é só depois Que tem o filho nos braços Berro, grito, sangue O filho que nasce E o filho que morre Não cessa a mãe Mãe não cessa nunca Lava o corpo do filho Que nasceu Que morreu As feridas tomam seu corpo Couro atabaque poro Sete palhinhas para limpar Para lustrar Para lavar Para curar Sete pedaços de Folha Sete pedaços de vento Sete pedaços de mar As chagas do filho Cruzado entre o tombo E a flu tua ação Obaluaê meu pai Deixa eu curar no céu das tuas mãos Obaluaê meu pai Senhor da terra, filho de Nanã Atotô Obaluaê Atotô Obaluaê Atotô Obaluaê Atotô Obaluaê Omolú Iemanjá Que o céu das tuas águas me ensine a curar Omolú Iemanjá Que o céu das tuas águas me ensine a curar Odoiá minha mãe Atotô Obaluaê Odoiá minha mãe Atotô Obaluaê Obaluaê, Opanijé Dia de jogar buzius para ver qual é Obaluaê, Opanijé Dia de jogar buzius para ver qual é E se não for? Ebiangô! Que é pra fechar teu corpo, te fortalecer E se não for? Ebiangô! Que é pra fechar teu corpo, te fortalecer Filá e Azé de palha pra tapar o sol (xaxará) Côco, pipoca, azeite de dendê (xaxará) Cumbucas e cairia pra afastar todo mal (xaxará) Agô peço licença pra poder bater Hoje eu vim bater cabeça Vim firmar o ponto Bater meu atabaque Tocar o xequerê Obaluaê, Opanijé Dia de jogar buzius para ver qual é Obaluaê, Opanijé Dia de jogar buzius para ver qual é Instrumental Filá e Azé de palha pra tapar o sol (xaxará) Côco, pipoca, azeite de dendê (xaxará) Cumbucas e cairia pra afastar todo mal (xaxará) Agô peço licença pra poder bater Hoje eu vim bater cabeça Vim firmar o ponto Bater meu atabaque Tocar o xequerê Instrumental