Voraz como vermes Atroz É a fome de um homem sem voz Sem paz, tenho febre Tenho chagas, qual peste? Pele e osso, tão seco e sujo Sou a sombra da vergonha e do medo Do meu e do seu inferno Sou a pústula, sou a mácula Gangrena na avenida A doença na sua alma E o pus na sua cara O sangue em suas mãos O câncer em sua família... Perfeita