Os cacos de vidro e a ferrugem dos pregos Sobre a cama de lixo na sala de estar Incomodam tanto quanto o vizinho Que enche a cara de dúvida e medo da noite E sempre que passa na porta e funga Com nojo do cheiro de álcool e urina O cheiro do beco é o cheiro da vida Na margem do abismo entre a vala e a via Onde as cores são vivas e os passos têm pressa demais A metrópole é a sombra, rapaz É tudo mentira É tudo mentira, rapaz É tudo mentira