Lá vai o homem que diz que não chora Ele passeia calmamente por aqui todos os dias Lentos passos marcados Quem passa ignora Movimentos leves em suas pegadas vazias (vazias) Lá vai o homem que diz que não chora Não pede esmola a ninguém, não para pra conversar Na frente da igreja para, olha e vira as costas E o silêncio metódico volta ao normal como todos os dias Olha tudo de longe Sente os ossos cansados, estica seus braços e a rua silencia Pobre morte a do homem Que sussurra seu grito e foge da sombra da noite com medo da vida Com medo da vida Da vida Que vida? Diz que não chora (diz que não chora) o homem Diz que não chora (diz que não chora) o homem Chora quem não diz do sangue nas veias Entregues aos abutres que dizem que nutrem Chora quem não diz do sangue na veia entregue aos abutres que Fingem que nutrem e diz que não chora (diz que não chora) o homem Diz que não chora (diz que não chora) o homem Lá vai o homem que diz que não chora Não pretendo discutir o seu andar sem razão Entender, pra que, seu olhar longe e a reza pouca? Na verdade, quem é que precisa de um coração? Olha tudo de longe Sente os ossos cansados, estica seus braços e a rua silencia Pobre morte a do homem Que sussurra seu grito e foge da sombra da noite com medo da vida Diz que não chora (com medo da vida) o homem (o homem, o homem) Chora quem não diz do sangue nas veias Entregues aos abutres que dizem que nutrem Chora quem não diz do sangue na veia entregue aos abutres que fingem Que nutrem e diz que não chora (diz que não chora) o homem (o homem) Diz que não chora o homem