Enquanto sinto em minha pele a brisa fresca E toda cor de uma janela a mais aberta Meu olho triste insiste que algo aconteça Pra que eu não Lá fora é frio e eu torço tanto pra que anoiteça Essa intenção é vida ainda que eu não entenda E qual razão proíbe a sorte mais intensa Pra que eu não desaconteça A par de tudo que no instante me pertence O meu sorriso um quão grisalho emudece E minha voz desafinada exclama e cresce Pra que eu não A obsessão pelo absurdo que se instala e permanece Pode ser o que eu mereça mesmo que não a quisesse Talvez seja o que de fato sobrepõe-se Pra que eu não desaconteça Pra que eu não desaconteça