Eu desci do avião no inferno do Atacama E a dor do cajado calejava a minha espera Os olhos de mariposa prometem, tão sutis e sedutores Andar pela terra mais uma vez Trago luta, trago desespero e dor Eu imploro, o mundo todo já falhou Abra a porta, aqui fora a minha pele queima Ó vidente, me devolva o que acabou No fim da luta já posso ver a luz Quanto custa o tempo? E que alento que me afaga Enquanto o brilho não se põe? Essa massa negra esparramada na garganta Anuncia a minha eternidade Trago luta, trago esperança e dor Eu imploro, o mundo todo já falhou Abra a porta, aqui fora a minha pele queima Ó vidente, me devolva o que acabou No fim da luta já posso ver a luz Já posso andar pelo sol Ser o rei desse farol Um corpo de ondas de luz Um juiz, um rei, o infinito que não existe