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Camarada Janderson - O patrão é vagabundo (O Manifesto Comunista) lyrics

Artist: Camarada Janderson

album: O patrão é vagabundo (O Manifesto Comunista)


Passageiros e passageiras
Logo no início eu vou esclarecer
Eu não vim aqui pedir esmola
Eu sou de um call center lá da Zona Sul
Eu só vim passar uma mensagem
Que dificilmente se vê na TV
Sugiro que tire o fone do ouvido
Presta atenção aqui nesse papo
A maioria que está aqui, está indo pra luta
Há quanto tempo quer juntar dinheiro e comprar uma casa
Trabalha, trabalha, só sobrevive e nunca desfruta
Pra foder com tudo, até pro rolê a passagem tá cara
Mas tudo isso ainda pode ser diferente
E a solução é a luta política do povo pobre
Esquece esse papo de empreendedor
Volte a construir um sindicato
Os coaching querem enganar vocês
Com a expectativa ilusória
Porque o tipo de gente que explora vocês
São pessoas como o João Dória
Que tá na nave, suave na nave
E você ralando pra comprar um Corsa
A verdade é que uma coisa depende da outra
Sua pobreza determina a riqueza dos poderosos
É preciso que alguém trabalhe pra sustentar isso
E quem não trabalha eles chamam de preguiçosos
Eu 'tava no trem escrevendo essa letra
E de repente pegaram um moleque
Não foi porque desviou um dinheiro
Ou muito menos fez 157
Foi porque 'tava com um pururuco
Com umas nota de dois e um jeitão de maloca
Eles trabalham batendo nos outro
E quem apanha nunca esquece
Eles trabalham batendo nos outro
E quem apanha nunca esquece
Eles trabalham batendo nos outro
E quem apanha nunca esquece
Não temos nada a perder
Somos o futuro do mundo
E assim como nasceu
O capitalismo vai morrer
E a verdade é que o patrão que é vagabundo
A verdade é que o patrão que é vagabundo
A verdade é que o patrão que é vagabundo
E a verdade é que o patrão que é vagabundo
Oi, é o Janderson no beat
Tá ligado (somente as armas que lhe darão morte)
Produziu também os homens que manejarão essas armas
Os operários modernos, os trabalhadores
Como desenvolvimento da Burguesia
Isto é, o Capital, desenvolve-se também o Proletariado
A classe dos operários modernos
Que só podem viver se encontrarem trabalho
E que só encontram trabalho na medida
Em que este aumenta o Capital
Esses operários, constrangidos a vender-se diariamente
São mercadoria, artigo de comércio como qualquer outro
Em consequência, estão sujeitos a todas as vicissitudes
Da concorrência, a todas as flutuações do mercado
O crescente emprego de maquinas e a divisão do trabalho
Despojando o trabalho do operário
De seu caráter autônomo, tiram-lhe todo o atrativo
O produtor passa a um simples apêndice da máquina
E só se requer dele a operação mais simples
Mais monótona, mais fácil de aprender
Desse modo, o custo do operário se reduz
Quase exclusivamente, aos meios de manutenção
Que lhe são necessários para viver
E perpetuar sua existência
Ora, o preço do trabalho, como de toda mercadoria
É igual ao custo de sua produção
Portanto, à medida que aumenta
O caráter enfadonho do trabalho, decrescem os salários
Mais ainda, a quantidade de trabalho cresce
Com o desenvolvimento do maquinismo
E da divisão do trabalho
Quer pelo prolongamento das horas de labor
Quer pelo aumento do trabalho exigido
Em um tempo determinado
Pela aceleração do movimento das máquinas...

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