São São Paulo milagroso
Que caminha sobre as águas
Corre, corre sob o córrego
Ilibado ribeirão
São São Paulo milagroso
Tem riacho e eu não acho
Tudo sepultado vivo
Vive embaixo desse chão
Ah, ah, ah, ah
Asfalto é o que não falta
Falta só desenterrar
É, É, É, É
Ô, Salim Farah Maluf
Sai do rio Tatuapé
Ih, ih, ih, ih
Caetano Álvares se manda
Do riacho Mandaqui
Ó, Ó, Ó, Ó
Olha o trânsito que tá
No riacho Itororó
Uh, uh, uh, uh
O corre, corre sangue na corrente
Do rio Carandiru
Ah, ah, ah, ah
Asfalto é o que não falta
Só desenterrar
É, é, é, é
Tão descendo de rapel
No riacho Sumaré
Ih, ih, ih, ih
Tem baronesa se afogando
No riacho Iguatemi
Ó, ó, ó, ó
Só passa fio elétrico
No córrego Cipó
Uh, uh, uh, uh
Tem piscina e futebol
No riacho Pacaembu
Tem represa aprisionando
O ribeirão Embu-Guaçu
Ô, Prestes Maia sai de cima
Do rio Anhangabaú
Ah, ah, ah, ah, ah
É, é, é, é, é
Ih, ih
Oh, oh
Uh
Ah, ah, ah, ah, ah
É, é, é, é, é
Ih, ih
Oh, oh
Uh
Rua Augusta
Que dá Nove de Julho
Na Vinte e Três, na Prestes Maia
Na Avenida do Estado
Marginal, Castelo Branco
Tudo parado
Rua Augusta (Rio Augusta)
Que dá Nove de Julho (que dá no rio Saracura)
Na Vinte e Três, na Prestes Maia (que dá no Anhangabaú)
Na Avenida do Estado (que dá no Tamanduateí)
Marginal, Castelo Branco (que dá, que dá no Tietê)
Tudo parado (tudo enterrado)
Rua Augusta (Rio Augusta)
Que dá Nove de Julho (que dá no rio Saracura)
Na Vinte e Três, na Prestes Maia (que dá no Anhangabaú)
Na Avenida do Estado (que dá no Tamanduateí)
Marginal, Castelo Branco (que dá, que dá no Tietê)
Tudo parado (tudo enterrado)
Rio Augusta (rua Augusta)
Que dá no rio Saracura (que dá Nove de Julho)
Que dá no Anhangabaú (na Vinte e Três, na Prestes Maia)
Que dá no Tamanduateí (na Avenida do Estado)
Que dá, que dá no Tietê (marginal, Castelo Branco)
Tudo enterrado (tudo parado)
Rio Augusta (rua Augusta)
Que dá no rio Saracura (que dá Nove de Julho)
Que dá no Anhangabaú (na Vinte e Três, na Prestes Maia)
Que dá no Tamanduateí (na Avenida do Estado)
Que dá, que dá no Tietê
Tudo enterrado