Essa é minha doença, é a minha cura Meu desmoronamento, minha superestrutura É minha prisão, minha carta de soltura Minha mente sã irmão, minha loucura Sol da minha manhã, a lua da noite pura Quando ela aparece é quando ela fura O amor que ela despreza, o amor que ela me jura O meu nome do berçário ou então na sepultura É o meu céu, minha treva obscura Minha doce brisa irmão, minha fissura Quando me acomodo, quando eu tô na poly Quando tô por último ou assumo o controle É o meu céu, o meu sol, minha briga É minha morte irmão, é minha vida É minha verdade com a morte enterrada Minha versão da história psicografada Encontrar a cura pra todo esse mal Alcançar a independência de todo esse caos Essa é a luz do infinito, é o que acredito É o meu legado, um dia vai ser meu mito É o atrito, propagação de um grito É tudo aquilo malandro, que nunca pode ser dito É a tragédia mas pode ser a glória É a parte que nunca foi escrita na história É o nada e ao mesmo tempo é tudo É a visão de um cego ou o grito de um mudo É o trem que vai sair do trilho É o primeiro passo do seu único filho É a gratidão do guerreiro É o voo do predador nascido em cativeiro É a luz que queima a escuridão É o ego que sempre traz a solidão É o corpo humano sem um coração Essa é minha morte e depois reencarnação Encontrar a cura pra todo esse mal Alcançar a independência de todo esse caos Intensamente pensa Ente querido, desavença Imensa angústia sem a preseça Tristeza flutua tensa Esquece essas coisas tudo, vai pra rua Como a cura da doença E sente o que contagia É a minha viagem Não há lavagem nem terapia Pra essa loucura eu vejo a magia da paisagem Me perco num olhar Como eles reagem (Encontrar) Eu vou buscar, alcançar a cura pra todo esse mau Tentar mudar essa merda de mundo Onde aqui estamos