Eis que uma vez Nascemos O corpo atravessou a carne Nascemos O ar percorreu os pulmões Nascemos Olhos que abrem, luz é clarão Nascemos Eis que uma vez a alma Ousou habitar um corpo Leve como uma ave Pousa no corpo a alma Pousa no véu de um destino Tudo que fizer a menina Há de guiar o espírito Tudo que fizer o menino Há de sentir o espírito Da carne, da emoção, dos sentidos Sina que tem a alma Habitou uma história traçada Boa ou ruim, não se sabe Certa ou errada, não se sabe Encara com coragem a jornada que se abre É a escolha que traça o caminho Ou o caminho que traça a escolha Ou nem uma coisa nem outra Não saberá por ora Sabe só que não há volta Pra qualquer lado que olhe Uma estrada se contorna Amanhece, anoitece Segue o mundo, vai-se embora