Morra trabalhando que nem um burro de carga Corra para não cair naquela cova rasa Veja como o seu esforço não vale de nada Seja só mais um corpo jogado nessa vala Invisíveis! Porque alguns corpos valem mais do que outros Incompatíveis! Por que poucos com muito e tantos com pouco? Calamidade! Um país tão desigual, o descaso é natural Morbidade! Abram alas para o nosso funeral Marginal, anormal, ilegal, criminal Ou seres lutando em um mundo canibal ♪ Viva batendo de frente contra essa praga Ouça almas indigentes pedindo socorro Pense numa multidão cuspida pela pátria Enfrente! Antes do fim é tudo olho por olho Invisíveis! Porque alguns corpos valem mais do que outros Incompatíveis! Por que poucos com muito e tantos com pouco? Calamidade! Um país tão desigual, o descaso é natural Morbidade! Abram alas para o nosso funeral Marginal, anormal, ilegal, criminal Ou seres lutando em um mundo canibal? Haha, haha ♪ E é fora da sua bolha que existe um mundo cão No dia a dia a empatia é pura falação Um surto coletivo debruçado em intolerância Abandonando os vulneráveis por ignorância ♪ Alguém me tira desta cova rasa E a minha casa em uma vala comum Eu tô agonizando nesta cova rasa A sete palmos de lugar nenhum