Janelas que se abrem Vizinhos que se odeiam Semeiam a distância com surdez E elevam o orgulho em decibéis Tem chumbo no ar Tem cólera no olhar E pólvora de sobra Em almas inflamadas Paixões soltam fagulhas E cegam sem se importar Noites sem dormir Contando estrelas eu vi O teu lema suprimiu O amor e por quê Que ordem é essa E qual progresso que quer ver Escravos digitais Chicotes virtuais Engenho que fabrica opinião Vaidade dos senhores da razão Tive que aprender A não acreditar No brilho amarelado desse ouro No verde de esperança dessa mata No azul sereno do céu e dos rios Na paz que enlaça com uma linha branca Noites sem dormir Contando estrelas eu vi O teu lema suprimiu O amor e por quê Que ordem é essa E qual progresso que quer ter Escravos digitais Chicotes virtuais E o ouro E o verde E o céu E a paz de um laço em branco Noites sem dormir Contando estrelas eu vi O teu lema suprimiu O amor e por quê Que ordem é essa E qual progresso que quer ter