Quase meia-noite faço embolada na matriz Sangue sergipano foi o meu avô quem fez assim O karma se revela feito sombra em minha luz Trouxemos as pirâmides aqui pra Aracaju Sangue e ódio em minhas mãos digo que sou uma travesti Sou como o rio São Francisco, nasci pra resistir Dadá, Corisco e Bonita ressuscita aí O nordestino tá clamando por vocês aqui Elegbara, eleva o espírito e me renova Elegbara, eleva o espírito e me renova Elegbara, eleva o espírito e me renova Sou a encarnação do Ararinha da Viola Na embolada com meu rap vou levando assim Sou o bode da seca seu eterno aprendiz Sou crocodilo que rasteja em solo fértil Eu boto fogo na aldeia com os pivete Pago de louca que nem a volante vem me pegar O custo é alto mas é o preço que eu vou comprar Brindando em minha taça enquanto você ri de mim Dedo na flor de lótus, traz um vinho pra mim Sete lagoas por favor traz o seu punhal mestre E por favor faça que dessa vez acerte O caos resiste, o mandacaru floresce Esse é xote das minhas meninas-travesti, ãn! Elegbara, eleva o espírito e me renova Elegbara, eleva o espírito e me renova Elegbara, eleva o espírito e me renova Sou a encarnação do Ararinha da Viola Sou Isis Caralho, mas me chamam de espoleta Viajei no tempo raio ultravioleta Numa mão uma metralha e na outra a bayoneta Cabra macho é o caralho, você me respeita Sou bruxa cangaceira com meu cu de escopeta Não sou sua loba então não chupa minhas tetas Essa sua vibe tá ficando obsoleta Freada de bike olha o lobisomem a frente O meu grande mestre nunca teve concorrente Cansanção do mato envenena de repente E com essa saudação vou acabando o meu repente Elegbara, eleva o espírito e me renova Elegbara, eleva o espírito e me renova Elegbara, eleva o espírito e me renova Elegbara, eleva o espírito e me renova Sou a encarnação do Ararinha da Viola