A benção Seu Zé Carreteiro Eu peço licença pra que esse grupo seja o primeiro a pregar sua crença Pois meu verso também é doença é veneno que mata, é faca que corta é bote de cascavel, é pescoço na corda é negócio do céu entre a noiva já morta é veia artéria já toda exposta é o câncer que cura pendente a proposta Entre o dólar e o euro o real ta na bosta Entre a bola e a rede acho tudo besteira Morreu de sede na sexta feira é a pinga, é a carne cheia de varejeira é os menino na terra cheio de lombriga é a esposa com fome e mais um na barriga é a marmita gelada, é o ovo cozido é o calo da enxada, é o Deus deprimido é o ódio e o rancor de trabalhar pro rico (E ai vamo vivendo assim) é o cheiro da flor do caixão de domingo é o velório que passa no horário marcado (Um dia tem, um dia não tem, um dia tem, um dia não tem) é o pais caminhando pra ser sepultado (Atirei no mar, o mar vazou, atirei na moreninha, baleei o meu amor, atirei no mar, o mar vazou, atirei na moreninha, baleei o meu amor)