Foi num baile a meio de Junho Entre canecas de vinho E ela em vez de ganga russa Tinha um corpete de linho Enquanto a moça dançava A mim dava-me a doideira Já não sei se era do vinho Ou se era da bailadeira Tive de ir a ter com ela E perguntar-lhe de onde vinha Ela respondeu-me manhosa "C'uns raios! Sou de Caminha!" Eu contei-lhe o que sentia Que me tinha apaixonado E ela disse-me que ainda A procissão ia no adro A minhota prometeu-me Que ainda havia de ser minha Quando se acabar o baile Vai-me levar para Caminha A minhota prometeu-me Que ainda havia de ser minha Quando se acabar o baile Vai-me levar para Caminha Mas o vinho não perdoa E a manhã veio apressada A minhota foi-se embora E eu nem sequer dei por nada Acordei com o Sol alto No terreiro já vazio Tudo aquilo parecia Que era um sonho fugidio Quis ir à procura dela Pensei nela todo o dia Mas passaram tantas horas Onde é que ela já estaria Pra que bebi tanto vinho Fiquei tão arrependido Não me saía da ideia O que ela tinha prometido A minhota prometeu-me Que ainda havia de ser minha Quando se acabar o baile Vai-me levar para Caminha A minhota prometeu-me Que ainda havia de ser minha Quando se acabar o baile Vai-me levar para Caminha A minhota prometeu-me Que ainda havia de ser minha Quando se acabar o baile Vai-me levar para Caminha A minhota prometeu-me Que ainda havia de ser minha Quando se acabar o baile Vai-me levar para Caminha A minhota prometeu-me Que ainda havia de ser minha Quando se acabar o baile Vai-me levar para Caminha A minhota prometeu-me Que ainda havia de ser minha Quando se acabar o baile Vai-me levar para Caminha