Vou prender-me ao céu Neste barco de ensinar, deixando cá teu nome. Porque enquanto eu for do mar... Quando em mudos acenos, Teus olhos pequenos pedem que não vá. Pedem-me o leito, onde achei meu jeito, P'ra que durma sem sonhar. Juro não ter encontrado, Em qualquer outro lado, Olhos como os teus. Nasci do sal, que doce mal, Por isso digo-te adeus Vou prender-me ao céu Neste barco de ensinar, Deixando cá teu nome. Porque enquanto eu for do mar Não hei-de ser de mais ninguem. Encontro na cor, da sua dor, Vontade de ser... Alguém. Aprendo, daqui do cimo Deste meu destino, A sonhar mais alto. E com o tempo E certo vento, Serei alma deste barco. Se os versos da memória Esquecerem-te a história Deste último olhar. Peço que não Te deixes chorar. Tu és o sol do meu mar. Refrão