Tantos sonhos são desfeitos Uma mãe que afaga o peito Seu filho que vai partir P'ra longe vai o imigrante P'ra outra terra distante Outro caminho a seguir Mal ele sobe ao navio Ao coração dá-lhe um frio Das saudades que já tem E olhando o lenço branco Que se agita vem-lhe o pranto E acena para ninguém Nunca mais Nunca mais A terra há de voltar Nunca mais Nunca mais A terra há de voltar Há pouco tempo chegaram Mas mil anos se passaram Dentro do seu coração E aos poucos o desgosto Deixou mazelas no rosto E calos na sua mão Mas manda cartas aos seus Dizendo graças a Deus Pelo destino que tem Feliz a mãe a recebe Jamais nas linhas percebe Que sofre como ninguém Nunca mais Nunca mais A terra há de voltar Nunca mais Nunca mais A terra há de voltar ♪ E depois de alguns anos De esperanças e desenganos Pela fé foi que venceu E foi com tanta alegria Que ele viu chegar o dia De poder rever os seus Hoje há festa na aldeia A noite faz-se uma ceia Pra alguém que vai chegar Tanto tempo tão distante Vem de volta o imigrante Com o coração a cantar Nunca mais Nunca mais Sua terra há de deixar Nunca mais Nunca mais Sua terra há de deixar Nunca mais Nunca mais Sua terra há de deixar Nunca mais Nunca mais