Tenho cantado esperanças Tenho falado de amores Das saudades e dos sonhos Com que embalo as minhas dores Entre ventos, suspirando Vagas, ténues harmonias Tendes visto como correm Minhas doidas fantasias E eu cuidei que era poesia Todo este louco sonhar Cuidei saber que é vida Só porque sei delirar Só porque à noite, dormindo Ao seio de uma visão Encontrava algum alívio Meu dorido coração Cuidei ser amor aquilo Ser aquilo que viver Oh, sonhos que se abraçam Quando se quer esquecer Eram fantasmas que a noite trouxe E o dia já o levou À luz da estranha alvorada Hoje a minha alma acordou Esquecei aqueles cantos Só agora sei falar Perdoa-me esses delírios Só agora Soube amar Muito obrigado a todos Nós somos a Estudantina Universitária de Coimbra E é um grande gosto estar hoje aqui Neste concerto de gala do mês do fado Começamos, como não poderia deixar de ser Com uma interpretação nossa de um tema de Coimbra Com poema de Antero de Quental E sublimemente musicado por João Farinha Ouvimos Maria Mas também nós nos quisemos associar A esta homenagem à geração de ouro À geração dos anos 20 E portanto iremos interpretar Também à nossa maneira como não poderia deixar de ser Um tema que ficou célebre na voz de Edmundo Bittencourt E que foi gravado na altura como Menina e Moça Para todos vós, a Estudantina apresenta a nossa versão de Coimbra, Menina e Moça