Cai volta p'ra trás Mundo é todo p'ra vós Nasce mal empregue o dom de amar Cresce o meu sincero Despeço-me do tempo p'ra voar E se eu disser Já gelou Trás-me a vela que queimou O meu reverso De leigo confinado ao que emprestou Sobre os meus olhos tens um rio Seca-me o rosto Sobre o meu dorso senil mata-me o monstro Foge Hesitar não faz largar a minha voz Ofegar, voltar É um mundo só para sós Planos são a morte do meu ser E estamos nós Entregues ao destino que nos fez razão P'ra amarmos sem sentir Correndo nus pelo asfalto do bramir E eu não consinto sem me dar Sem me oprimir Nunca vivi nas duras teias de existir Mas corri sempre em contramão Do que há de certo Deixei tudo sobre o verão Sobre o deserto Os sonhos de biberão De chico esperto Talvez nunca viverão Em vez de perto Diz-me como vou vencer sobre a pressão Diz-me como vou vencer num furacão Diz-me a cor do medo e da paixão Diz-me se vou sobreviver sem coração E a luz que brilha ofuscada pelo céu Sempre me trouxe a verdade mais cruel Na mentira mal contada que escrevi Sob a forma de uma canção para ti E eu não consinto eu