Cerrado sem miragens Dobrando as mangas, batendo de porta Eu venho cantando subúrbios e vilas Em porta Sem ir à escola, as ruas me ensina Por uma mídia que não se preocupa Pés na estrada, mochila nas costas Conduta Lembro até hoje pois tenho boa memória Transformação social para nossa Estreava latinamente o impeachment de um Presidente Durante a trajetória evolutiva histórica Eu me comovi com os massacres em Pequim Na periferia as balas não são de borracha Não foi em vão a luta de Carlos Marighela As pernas doem não me deixam relaxar O sono Leve desespero para atrapalhar Mente vazia Oficina do inimigo Rebelião de pensamentos trás de volta meu sorriso A clonagem da Dolly, o reboladinho da Gretchen Como vovó já dizia o povo têm que reclamar e Contra tudo e todos vamos protestar Manifesto passa livre o povo foi às ruas anos De chumbo A PM é sobra da ditadura A emocionante eleição de Nelson Mandela Governo usurpador, revolta dos escravos a Marcha dos cem mil, a guerra dos Desagrada a plebe, polícia exercita agressão Anárcos respondem de coquetéis e pedra na mão O lenço que encobre a cara não é ameaça pelados Na periferia as balas não são de borracha Eu aplaudi pela TV a queda sorridente A pressa é inimiga da perfeição O lenço que encobre a cara não é ameaça recente Não deu pra suportar o passado Confrontos entre israelenses, palestinos Politicamente pagou caro pela ganância vigente Vibrei com a derrubada aos muros de Berlim Sérvios, croatas, bósnios mais longos conflitos Não faltou celular pra navegar na net Bibliotecas, ferramentas para a informação Cujas margens, magras debruças femininas Viver o presente diante do futuro Legalize já arroz e feijão Macakongs, Dino Black fazendo a revolução Ler de tudo, acessar tudo, assistir tudo O lenço que encobre a cara não é ameaça Ideias de vanguarda, cheiro de naftalina O povo, nação, gritos de independência Não preciso aparecer pra dizer que estou vivo Preciso trabalhar e não viver de improviso Mãos para colher o que me foi dado Direito de lembrar e ser lembrado Tem gente que fala de tudo e de todos Para o mundo atual és unicamente Cospe as mentiras de primavera nos dentes Eternos são os sonhos dessa brava gente Não sabe que a língua é o chicote do corpo Fábrica do dinheiro, máquina do inconsequente O peso brutal dessa rude existência Maltrata, humilha, destrói a família Na periferia as balas não são de borracha Assim se inicia, seria a sina