Tendo a senha de saída do conto de fadas Lendo o mapa de uma vida pobre e desprezada Sendo a rota de entrada para o tudo ou nada Vendo a morte reduzida à lixo na calçada Se apertando e se juntando aos montes de feridos Se escondendo da vassoura e do rôdo instruído Se apegando à loucura de um mundo partido Se entregando na cultura de ser esquecido Sem ter voz Somos Nós Desatados Repartidos Isolados Solitários Desgraçados Condenados À liberdade de escolher Aquilo que volta em forma De escravidão Sendo livre pra não ter a liberdade de pensar Sendo livre pra esquecer, apenas ver e se calar Sendo livre pra não ser a substância Sendo livre pra esconder a ignorância E a liberdade de não ser o dono do seu próprio tempo A liberdade que só crê na grande crença do momento A liberdade de não ver a variável Nem coordenada que indique a hipótese Provável de estar sendo o seu próprio algoz Somos Nós Desatados Repartidos Isolados Solitários Desgraçados Condenados À liberdade de escolher Aquilo que volta em forma De escravidão E quem vai escolher Quem vai viver E quem vai morrer Pra escolher E quem decidiu Quem tem poder E quem aceitou Obedecer