Do passado que viemos No presente onde estamos Ao futuro que se escreverá Há um hiato e um descompasso Vários fatos e segredos Muitos erros e acertos Que nos formam desde cedo Que formatam nosso medo Controlando as gavetas Do devir e do sutil Há um agente mercenário Disfarçado de bom senso No sistema democrático Que transforma coincidências Trajetória em violência Estratégia em sentimento Que constrói pois legitima Toda força em baixa estima Deformando a natureza Do servir e obedecer Há um acaso desprezado Emprestando movimento Há de revelar Há de relevar Viva! No presente momento, um próximo ato É o passo pra se libertar Viva! Dissipado no meio Encontrando seus pares dispostos A complementar Viva! Revendo planos, fazendo unidades De múltiplos gestos e afetos Na ação Viva! O infinito variável de todos os versos Sugere uma outra Dimensão Viva repleto dos seus ideais Mas pense bem pelo o quê você faz Viva No momento futuro Reviva Toda revolução Reaviva A chama que jamais se apagou Do passado que esquecemos No presente que moldamos Pro futuro que seremos Viva Do passado que herdamos No presente que pensamos Pro futuro que queremos Viva!